Com o intuito de proporcionar para o público o melhor da cultura de rua, aconteceu neste domingo (28), a 1ª batalha do sinhozinho com a participação de mc’s da região e o 6º Eco Skate. O local escolhido para as batalhas de mc’s e o campeonato de skate foi Centro de Múltiplo Uso.
Realizado pela primeira vez, os mc’s da região se reuniram antes do início da batalha para uma roda de conversa com Enio CRX e MC Cruel que já possuem experiência na produção e fortalecimento da cena do hip hop.
A coordenadora de audiovisual da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, curadora do audiovisual, cultura de rua e LGBTQIA+ do Festival, Lidiane Lima, explicou que em Bonito a cena do skate já é mais consolidada, mas que a batalha ainda está caminhando. “Estamos iniciando ainda, dando o suporte para que a galera consiga fortalecer as batalhas, foi o que fizemos com o skate, e já estão na sexta edição, é um trabalho que vai se construindo”.
No 6º Eco Skate, as categorias eram mirim, iniciante, feminino e amador livre. Em conversa, Ana Gorgen, uma das idealizadoras do coletivo pantaneiras skategirls e que competiu na tarde de domingo, falou da importância das mulheres no esporte.
“O skate sempre foi muito estigmatizado, mas é uma cultura, vai além da competição. A participação da mulher é muito importante, precisamos de mais e mais meninas nas competições, precisamos nos fortalecer”, comentou.
A cultura de rua é aberta para todos. É a cultura da ocupação e apropriação dos espaços urbanos abraçando todas as formas de manifestação, sejam elas artísticas e performáticas ou esportivas. É também a cultura do respeito e, acima de tudo, da resistência.
Live Painting
No mesmo local, foi entregue o muro transformado pelos artistas, Thais Maia (MS), Pedro Vasciaveo (MS), Pedro Morato (MS) e Kuêio (SP). Quatro mentes diferentes, transformaram uma parte do muro do CMU, cada um com sua identidade coloriu a entrada do local.
“Pediram pra gente fazer algo livre, então eu ouvi que era um local de esportes e uma cidade bem natureza, então fiz uma junção e criei aqui no muro”, comentou Kueio.
Thais Maia, a única mulher nesta edição, deixou sua marca registrada que são os gatos. “Eu pensei em trazer a minha leitura de parque, que é o que eu faço geralmente, a pintura. Então é um gato todo cheio de tinta”, enfatizou.
Texto: Bianka Macário
Fotos: Muriel Xavier