De tudo um pouco. Essa frase tão popular pode representar a tradução do que está sendo apresentado no Pavilhão de Economia Criativa instalado na Praça da Liberdade. De roupas a geleias com sabores exóticos, de bijuterias a artesanato feito com casca de árvores nativas, a diversidade de produtos expostos encanta os visitantes e garante renda para os artesãos sul-mato-grossenses.
A artesã Josefa Marques veio de Caarapó, no sul do Estado, para expor e comercializar seu artesanato. Ela trabalha com tecelagem feita a partir da lã de carneiro. São mantas, gorros, xales e casacos que conquistaram os consumidores. “Nos dois primeiros dias do evento vendi quase todo o meu estoque. O Festival de Inverno de Bonito, além de valorizar a nossa arte, abre espaço para que a gente ganhe uma renda extra”, disse Josefa.
Para Rafael Segóvia, artesão de Campo Grande, a organização do festival de 2019 merece destaque especial pois conseguiu reunir em um único espaço uma variedade grande de produtos, mas garantindo a exclusividade. “Temos muitos artesãos aqui no pavilhão, mas cada um com um produto diferente. Essa exclusividade é o que chama a atenção do público“, afirmou Rafael, ressaltando que o Festival de Bonito está dando visibilidade para a economia criativa do Estado valorizando quem é daqui e o que é feito aqui.
Rafael produz acessórios a partir de folhas secas e resina e suas peças, como ele mesmo define, tentam estabelecer uma conexão entre as pessoas e a natureza. “Eu transformo aquilo que seria descartado em colares, anéis e brincos. Nosso trabalho é uma forma de conscientização sobre o que o meio ambiente pode nos oferecer. Uma folha caída no chão pode virar um detalhe exclusivo de um colar. É ter uma visão diferente da natureza”, concluiu.
Do Rio de Janeiro, Sayonara Rodrigues veio a Bonito prestigiar as belezas naturais e as atrações do Festival de Inverno e se encantou com os produtos que estão sendo comercializados no Pavilhão de Economia Criativa. “Eu gosto muito de produtos feitos de forma artesanal. Tem muita coisa bonita e de boa qualidade aqui. Estou encantada com esse espaço”, disse a turista.
Outra visitante que visitou o pavilhão para conhecer os produtos feitos pelos sul-mato-grossenses é a Celina Moraes, de São Paulo. “Aqui a gente conversa direto com quem produziu as peças. Não é como uma loja onde não sabemos de onde vem o que consumimos. O evento está de parabéns por pensar em um espaço como esse”, disse Celina.
Texto: Eliane Nobre
Fotos: Ricardo Gomes/FCMS