Governo MS Transparência LGPD FAQ Denuncia Anônima FALA SERVIDOR
Governo de MS
Governo de MS
  • Home
  • O FESTIVAL
  • PROGRAMAÇÃO
  • OFICINAS
  • HOMENAGEADOS
  • NOTÍCIAS
  • notícias
‹ Voltar

Interação entre corpos e bambu tornam “Mar Sem Beira” um espetáculo exuberante

  • 28 jul 2018
  • Categorias:Geral
  • Compartilhar:

Em “Mar Sem Beira”, a encontro entre dança, teatro e acrobacias circenses dá o tom em um espetáculo que desafia a gravidade e cria imagens inesquecíveis a partir do encontro de corpos e do bambu. A companhia Nós no Bambu se apresentou na noite de sexta-feira no 19º Festival de Inverno de Bonito e atraiu os olhares para uma criação poética que extrai teatralidade de um suporte improvável.

Há 15 anos a companhia baseada em Brasília vem realizando pesquisas em torno do corpo e do bambu para extrair desse encontro possibilidades artísticas utilizadas na construção de espetáculos bastante peculiares. “Mar Sem Beira” é quinto e traz Poema Mühlenberg, co-fundadora do grupo, e Jackson Prado, no elenco. A direção é de Fernando Villar, multi-artista docente da Universidade de Brasília e pesquisador com experiência na interdisciplinaridade entre linguagens. Cada espetáculo da companhia é dirigido por um diretor convidado, sempre desafiado a aprender a trabalhar com as formas da planta. Todo processo, no entanto, é coletivo e a dramaturgia é fruto do trabalho conjunto entre criadores-intérpretes e diretor.

“O trabalho que fazemos nasce da interação entre corpo e bambu. Ela reúne o desenvolvimento do conhecimento sobre a planta, sobre as possibilidades construtivas dela e o estudo e a experimentação de várias formas com o bambu. A partir disso, pensamos como o corpo pode dialogar com essas formas”, explica Poema. Em “Mar Sem Beira”, por exemplo, a companhia optou por trabalhar com tripés, que hora servem de esconderijo, hora se tornam estruturas sobre as quais os artistas sobem e descem, penduram-se e realizam acrobacias.

O espetáculo em questão apresenta dois seres, um homem e uma mulher, que estão descobrindo o universo em que habitam como se fosse uma grande e singular viagem. “Esse trabalho nasceu de um pré-texto, foram as formas que nos inspiraram a criar esse espaço de encontros e desencontros que é o espetáculo. A medida que fomos criamos, nos demos conta de que se tratava de um espaço de infinitas possibilidades. Quanto mais pesquisávamos, mais caminhos tínhamos, um verdadeiro mar sem beira”, comenta Poema. Descoberto o título, a companhia decidiu seguir a ideia de pensar o mar, as viagens e esse movimento de aproximar-se e se afastar.

A trilha sonora é outro ponto que chama a atenção. Viajando por sons que vão de ritmos conhecidos como o samba e ritmos orientais a momentos percussivos e outros altamente experimentais, ela pontua o desenvolvimento da cena. Com ela, se oferecem paisagens sonoras que demonstram a multiculturalidade presente em “Mar Sem Beira”. Toda as composições são originais, tendo sido assinadas e executadas por Samuel Mota. O figurino é de Mari Carmen, a iluminação de Caco Peukert e a cenografia de Marcelo Rio Branco.

O uso da planta na arte é uma apropriação que Poema e Roberta Martins, também co-fundadora da companhia, fizeram do Sistema Integral Bambu, um projeto criado pelo professor de Educação Física, Marcelo Rio Branco, em 1999. O método já vinha sendo administrado em outras áreas, até que as artistas resolveram trazê-lo para a criação cênica.

Texto: Thiago Andrade

Fotos: Aurélio Vinícius

Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul

67 3316-9329
Avenida Fernando Corrêa da Costa 559
Campo Grande | MS
CEP 79008-820

Localização

Avalie nosso site

View Results

Loading ... Loading ...

Avalie nosso site
SGI UCQI

Utilizamos cookies para permitir uma melhor experiência em nosso website e para nos ajudar a compreender quais informações são mais úteis e relevantes para você. Por isso é importante que você concorde com a política de uso de cookies deste site.